sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um Dia Qualquer

Hoje eu me vi caindo de um abismo e enquanto eu caia vi um filme passar diante de meus olhos. Eu vi sorrisos nos rostos de meus amigos e seus olhares apontavam para mim. Eu vi toda a alegria e toda a tristeza que os cercavam. Tudo que foi bom na minha vida me acompanhava durante a queda, como se cada acontecimento fosse um móvel, que ao tocar o solo se partia em mil pedaços. Eu sentia um frio estranho no meu estômago, mas não era medo, era algo mais... Faltou-me nesse instante uma mão que me pudesse me levar de volta ao topo. Resolvi aceitar meu destino, pois não existem heróis e ninguém pode me salvar e eu não posso salvar a mim e nem a ninguém. Toda a escuridão que se fazia na profundidade do meu declínio consumia como uma draga a  minha existência. De repente cá estou eu, estirado no chão, sem forças para me levantar. Meus braços e pernas estão imóveis, eu não sinto dor, apenas pena de mim mesmo, sussurro palavras que meus ouvidos não conseguem escutar. Talvez um pedido de socorro ou uma mão estendida.

2 comentários:

  1. Vc transmite uma paz tão grande com suas palavras....Gosto de ler vc!
    Bjs
    Luiza

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  2. Obrigado pelas palavras e por ler meus textos.
    bjos!

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