domingo, 22 de novembro de 2009

Primavera

   Perdi-me num caminho sinuoso de um corpo, que segue sem saber por onde. Ficou aquele sabor delicioso dos lábios que se encontraram com os meus. Aquele fervor dos abraços que afagavam as minhas noites se foi com a distância percorrida. Posso sentir a maciez de seus cabelos, ouso em sonhar com seus gestos lindos, com sua pele pálida e sedosa. Solitário caminho sem volta, sem seus olhos para me guiar.

   Não faço parte dessa história em que o enredo me leva para a beira de um abismo, não me avisaram que a ópera terminava assim, nem mesmo escolhi meu papel! Eu já nem sei quem é o protagonista, quem é o mocinho ou o bandido.

   A ternura perdura mais que tudo, o amor perdura sobre tudo e o que restou agora é impar. É um.

   Talvez alguém se lembre da ultima cena, do ultimo romance que passou na sua TV ou talvez apenas passou ... Como a primavera que passa levando contigo os amores e os carinhos da pessoa amada, fazendo uma matemática impossível de soma. Primavera que subtrai, matemática dos dizimados, dos infelizes.Seu papel é de abençoar, de unir, pacificar, perfumar o caminho dos amantes, não impedi-los de seguir juntos na mesma estrada, tendo os seus sonhos como guia. Mas não és de toda, tão culpada, pois a inocência não é virtude de um medíocre deprimido.

   Não se enganar com confiança sabendo de seu próprio desprezo, é o que todos dizem, mas não sentem e nem vivem. Falta uma parte, falta uma razão para que sonhos não se percam, para que a história não termine. Falta.

2 comentários:

  1. oieee td bem? nossa q profundo esse hein? adorei...mto romantico e eu quase chorei..sem brincadeira Bjs

    ResponderExcluir
  2. Olá Paula, obrigado pelo comentário, as vezes essas coisas acontecem neh? Se foi tão profundo assim eu não sei, mas é questão de
    sentimentos, de estado de esirito.

    ResponderExcluir

addthis

Poderá também gostar de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...