sexta-feira, 23 de abril de 2010

Verso em Prosa


Eu não sei, eu não sei... Porque o silêncio não me diz nada.
O culpado estava sentado junto ao poeta, mas não se falavam.
Um breve sussurro dizia: - Eu não sou um lixo! E chorou como criança... As lágrimas se misturam com os pingos de chuva que escorrem sobre seu rosto imperfeito.

“Ela aflora em seu jardim distante. Distante de mim.
No remanso de seus sonhos e no desejo de seu fim.
Descansa suave em teia de aranha;
E brinca de mulher em cima da cama.”    

O viajante das palavras brinca com os sentimentos. E nada tem de sua companheira. Mantém-se calada, escura e fria. Mas o que deseja o brincalhão, sabendo que sombras não falam?
Não expressou reação as palavras ditas ao vento. Guardou a tinteira e a pena, deu um sorriso manso, respirou fundo, enxugou as lágrimas, colocou o pequeno pedaço de papel no bolso, olhou para o alto e sorriu novamente. Era a esperança que ele avistava...

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